Vamos falar sobre a paralisia da análise e como isso afeta seu negócio
Tenho observado um fenômeno que tem consumido muitas empresas e pessoas, que simplesmente estão parando de dar resultado, e infelizmente isso é só a ponta do iceberg.
“Todas as estradas levam a Roma”, mas nem por isso todos conseguem chegar lá.
A fase acima é uma provocação, pois, quantas vezes deixamos de fazer algo simplesmente porque paramos no meio e mudamos de ideia, e vamos de galho em galho sem chegar no objetivo final.
Um dos fatores chave desse cenário é o excesso de opções, mas também, não podemos negligenciar ego de fazer o perfeito, e isso não se restringe apenas aos indivíduos, isso pode se espalhar pela empresa como ervas daninhas que prejudicam uma plantação.
Na prática, analysis paralysis no seu time é um sintoma de falta de agilidade e propósito, seja porquê seu time compete para estar sempre na hype, ou simplesmente porquê o “como” passa a ser mais importante que o “porquê”.
Nesse exato momento existe alguém fazendo uma solução melhor que a sua, e não há nada a ser feito a respeito, do mesmo modo que estão lançando uma tecnologia melhor do que a que você está usando, enquanto você corre o risco de ficar para trás, ao lançar aquele serviço que planejou no início do quarter…
Bom, a boa notícia é que você não precisa se cobrar para estar na hype o tempo todo, e o negócio não vai entregar menos em termos de produto porquê você usou uma versão menos atualizada daquele framework que você decidiu usar no início do ano.
Porém, existe um lado que é o da empresa e da liderança que precisa aceitar a senoide de ter um software em produção, que você lança, corrige bugs, normaliza, depois lança novas features, e casualmente pode ao longo do tempo até descontinuar o software, seja por ter ficado ultrapassado ou simplesmente não ter mais sentido funcional para o negócio, pois ele mudou ao longo do tempo.
Mas afinal, como é possível vencer a paralisia, visto que ela afeta indivíduos e grupos?
Basta seguir a primeira lei de Newton. Ou seja, a única forma de vencer a paralisia é continuar em movimento, continuar entregando produto em produção.
“Todo corpo continua em seu estado de repouso ou de movimento uniforme em uma linha reta a menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças aplicadas sobre ele” Issac Newton.
Outra chave do sucesso é criar uma cultura forte de tecnologia, e fazer com que a linha entre tecnologia e outras áreas fiquem opacas, de modo que os times se preocupem com problemas reais, que em resumo é atender o cliente. Diga-se de passagem, o cliente não quer saber se você está usando Kafka com uma série de regras de mensageria, ou se está em um monólito. O cliente só quer ser atendido com eficiência e eficácia. que em engenharia se traduz em software funcionando, e é basicamente o que o Manifesto ágil já pregava, que é software funcionando mais do que uma documentação abrangente, indivíduos e interações mais que processos e ferramentas.
É preciso de mais profundidade, mais cultura, mais envolvimento e interações do que a maioria dos cursos, certificados, e consultorias em agilidade entregam, e talvez só assim seja possível tornar o processo de inovação mais eficiente e seguro do ponto de vista emocional do time, e que gere um impacto real para o seu cliente.
